sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Ao ídolo.

Passaram-se sete anos, engraçado que não parece. Ontem eu ainda era uma menina boba, hoje sou quase uma adulta mais boba ainda. Não tenho certeza de muitas coisas na vida, não sei que rumo tomar, não sei qual vai ser minha profissão, se vou continuar na mesma ou se vou fugir pra algum lugar bem longe, não sei quanto tempo aguento. Mas dentre essas poucas certezas que tenho, é a certeza da admiração por tal músico, poeta, anarquista orgulhoso. Eu cresci ouvindo esse cara cantar, eu cresci lendo o que ele vomitava com toda a alma junto, eu lia/leio seu blog diariamente, eu segui sua influências literárias - grandes influência, diga-se de passagem - e acabei me tornando uma pessoa mais aberta, esperando receber mais, sem ficar sentada com a boca aberta - com suas três fileiras de dentes - esperando que as coisas acontecessem. 
Eu cresci, mas continuo com a mesma admiração, com a mesma taquicardia ao pedir um autógrafo em um show, que hoje, vai 50% menos de público. Os 50% que não vão mais, não são dignos de já terem pisado no mesmo chão que ele, parece exagero, mas na hora que era moda, que pintar a franja e o olho era legal, lotava de gente vazia só esperando dar uma passadinha de mão em órgãos sexuais alheios, afinal com aquela idade ninguém chegava a dar uma trepadinha.
Agradeço ao cara, não por ter me proporcionado emoção em uns 12 show que eu fui na vida. E sim por todo o conhecimento que ganhei depois dele ter entrado na minha vida.
Ontem foi um dia especial, não só pelo meu namoro, - amor, não fica com ciúmes - mas também por ser aniversário do Fábio Luiz Altro, mais conhecido como Nenê Altro. 






O que farias ao constatar
que a Dolly de Jeová
tem o DNA de Gates e Lênin?
e que curamos a revolução sexual
com sarcomas de kaposi,
nosso quintal armazena
teus erros e acertos...
e que brindamos ao mesmo
"O Capital" estudado em Harvard
e pelo qual reciclamos
utopias em petróleo.
Pandora, agora é tarde demais...
O Zyklom B está por toda parte
e estáticos frente a comerciais
movemos dínamos e engrenagens:
Trabalhar e prosperar,
estudar e alcançar
o nirvana patriarcal...
Aprender a processar
e a parcelar as dívidas.
Kafka, morfina e Anthrax.
Correção -
Música popular
deve anestesiar as mentes
em refrões atóxicos...
Correção - Dance of Days


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Amor, eu te amo sem limites, meu corpo fala o teu nome e a minha alma sorve a tua essência. Você é a minha fome! Minha sede! Minha vontade de querer sem saber o que! Se você permitir, meu amor irá invadir  teu mundo de tal jeito, que irá durar a eternidade de nossas bocas. E vai ser sempre assim, como o mar imenso que só descansa na ferocidade insana das nossas línguas!

Não é de hoje que eu sei que você é o amor da minha vida e, fora do tempo que sabemos, os minutos que vivemos, os segundos que passamos, as horas que testemunhamos, os dias que tardamos e as semanas que matamos, mais precisamente em tais palavras te digo: Te amo.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Vida.

Anotei em meu caderninho de bolso que viveria por ele, que ele era o sol que entrava pela minha janela e que me fazia despertar, ele era. Eu vivo por ele, sou completamente apaixonada, sinto muito por ser fraca, mas com amor, meu amor... Com amor a gente consegue tudo. Quantas pessoas não perderam oportunidades por simples medo de tentar? O importante é saber que as coisas que surgem na nossa vida se encaixam e se aninham... de uma forma ou de outra. O que eu sei, agora, é que eu vivo para te ver sorrir, vivo para sentir seus braços me segurando ao dormir, vivo para fazer planos com você, vivo por você.

domingo, 9 de setembro de 2012

Canto III - Os Lusíadas


142
"Mas quem pode livrar-se por ventura
Dos laços que Amor arma brandamente
Entre as rosas e a neve humana pura,
O ouro e o alabastro transparente?
Quem de uma peregrina formosura,
De um vulto de Medusa propriamente,
Que o coração converte, que tem preso,
Em pedra não, mas em desejo aceso?
143
"Quem viu um olhar seguro, um gesto brando,
Uma suave e angélica excelência,
Que em si está sempre as almas transformando,
Que tivesse contra ela resistência?
Desculpado por certo está Fernando,
Para quem tem de amor experiência;
Mas antes, tendo livre a fantasia,
Por muito mais culpado o julgaria.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Quero ficar aqui, imóvel, sem sentir, sem falar, sem me levantar. Mas ao mesmo tempo em que preciso do silêncio, meu cérebro não me deixa em paz, meu cérebro me assusta.
Tem horas que eu chego a achar que é passageiro, que essa angústia vai passar, mas não passa, nunca passa. Quando você tenta contar aos outros o que está acontecendo, ninguém quer ouvir, niguém ao menos para pra fingir que está prestando atenção. Não que eu precise de alguém para me tirar esse sentimento, mas é que quando você divide algo, superficialmente, ele diminui, isso acaba ajudando.
Ninguém nunca vai conseguir entender o que eu quero de verdade, ninguém nunca vai voltar e me puxar pelo braço para não me deixar ir. Hoje, tudo o que eu realmente tenho certeza que tenho, são três gatas que só sabem dormir e um blog que ninguém visita. O resto eu nunca tive certeza, do resto, eu não quero nem me lembrar, não quero voltar a chorar ao ponto de soluçar. Só quero ficar aqui, imóvel.
Eu não quero buscar a certeza, eu quero que ela venha até aqui e me aperte a mão, que esquente meu corpo nos dias mais frios, que deixe meu peito fervendo só de pensar: "eu tenho certeza". Não quero mais viver na indecisão, não quero mais ver os mesmos dias passando pela minha janela, e eu aqui, parada com a bunda no sofá, arrependida por me entregar totalmente, mais uma vez.
A claridade ultimamente tem me deixado mais nervosa, não consigo conviver com ela, não consigo pensar que o dia está passando e eu não me levanto, não consigo levantar minha alma, não consigo sentir a vida plenamente, eu juro, eu tentei.
Talvez meus planos não encaixe nos seus e seja por isso que eu fico frustrada toda vez que percebo que você não facilita as coisas. Eu aguento calada e isso vai me completando de uma forma, que chega uma hora que transborda, e quando transborda eu acordo, percebo que talvez não seja tudo isso que eu penso, eu só sou uma menina boba que não entende o quão grande é o que eu sinto em comparação com os outros, o quanto eu dou valor, o quanto eu tento que dê certo.
Você está me empurrando para algum lugar que eu não sei onde é, eu não sei o nome, só sinto que coisa boa não é. Cansei de fazer planos e os seus planos sejam só para me jogar ao chão, me deixar da mesma forma de quando você me encontrou, em pequeninos pedaços.

I refuse to sink...

Eu luto contra a maré e contra todos os obstáculos que colocam na minha frente, agarro qualquer fio de esperança, busco tirar a cabeça do fundo da água e respirar, mesmo que me reste apenas uma pontinha de possibilidade de viver.
Afastei barricadas para alcançar o que meu coração buscava, andei no breu total, corri sobre trilhos e quando percebi que estava perto do fim, viva e pronta para viver, me derrubaram. Sabe quando você está de braços abertos, sentindo a liberdade, de olhos fechados e vem um filho da puta te dar um soco na boca do estômago para você acordar? As vezes eu me sinto assim, e penso... "Mas que merda estou fazendo?"
Ninguém aguenta o impacto sozinho, ninguém consegue ser frio o suficiente a ponto de viver correndo atrás da vida, enquanto um peso está ancorado em você.

Eu queria me preocupar menos, fazer menos planos, viver menos intensamente, acontece que eu não consigo, ou é... ou não é! Ou você demonstra o que sente, ou passa a vida inteira tentando convencer os outros, palavras são fáceis, quero ver sentir, querer. Ninguém é capaz de ficar esperando eternamente que as coisas aconteçam, ninguém é capaz de aceitar os argumentos que te empurram, enquanto você se fode amando, enquanto você enfrenta o que vem pela frente, enquanto você marca na carne, enquanto você troca hábitos e tudo.

Longe de mim querer que alguém se iguale aos meus modos de sentir um amor, longe de mim que alguém seja tão intenso quanto eu, só acho que você acaba virando uma pedra de gelo quando as coisas vão acontecendo totalmente ao inverso do que você se dedica. As vezes a gente cansa de dar murro em ponta de faca, as vezes tudo o que você quer é deitar na sombra de uma árvore e esquecer de tudo, esquecer do que já fez por alguém que não retribuiu 1/3 do que você deu.
Levantar e tirar as folhas secas que acabaram ficando sobre mim, aquelas que você nem ao menos fez questão de tirar, assoprando de longe, que fosse. Estou custando a fazer isso, acho que no fundo estou empurrando isso com a barriga bem mais que você, mas uma hora crio coragem, uma hora me seguro na borda do precipício e quero ver quem vai ter a audácia de me dizer: "Então tá!". Quero que se foda se vai doer, quero que se foda se vai sangrar, se vai apodrecer, eu cansei e não é de hoje, eu cansei de viver na margem, eu quero por inteiro, já disse e repito, eu não sou mulherzinha de ficar aguentando e esperando calada pra que nada nunca aconteça.
É o que eu digo, se é amor, mostre que realmente é, cansei das palavras.