"Hoje existir me dói feito uma bofetada."

(Caio Fernando Abreu)

Você só me fez mudar

Mas depois mudou de mim

Você quer me biografar

Mas não quer saber do fim

Mas se vai...

Você pode ir na janela

Pra se amorenar no sol

Que não quer anoitecer

E ao chegar no meu jardim

Mostro as flores que falei

Vai sem duvidar

Mas se ainda faz sentindo, vem

Até se for bem no final

Será mais lindo

Como a canção que um dia fiz

Pra te brindar

Caríssimo leitor, esse é mais um daqueles textos de caráter sentimental, então se você não está a fim de ler um texto sobre meu cotidiano sofredor, por favor, não leia.

Juro, eu tentei esquecer.

Não faz sentido ouvir música pensando em você, se você nem pensa em mim, seja com música ou sem. Não faz sentido pensar em nós antes de dormir, se você passa o dia inteiro sem lembrar de tudo. Eu fico boba quando lembro das primeiras vezes, era tão singelo, as coisas tinham cores e você era só teu, sabe, nesse ponto que eu queria chegar, você nunca foi meu, e nem era isso que eu queria, mas agora você é de outra pessoa e isso me faz pensar sobre tudo, mais que o normal. Eu me sentia bem quando você era tímido, e sabia disso, agora você tem certa promiscuidade que me da nojo, mas eu ainda gosto, é eu gosto. Preferia quando você não conseguia nem pedir um beijo e fazia isso por meios alternativos, sabe. Hoje seu 'eu' interior cresceu e o teu carisma sumiu, sério.

Não tenho culpa se não consigo esquecer teu cheiro, teu abraço e teu beijo. Você nunca fez parte de mim, mas eu sinto que não vou conseguir preencher o vazio que você deixa, preciso de um abraço, te beijar levemente e sentir sua pele por de baixo da camiseta, sinta pena de mim.

Ainda não cansou de brincar de me provocar? Canse antes que eu viva por você.

Eu tenho quase certeza que a pessoa de quem esse texto fala não vai nem ler ele, e é por isso que eu escrevo, um desabafo, só isso.

A sua capa de novo é o lençol
Mas você vai ter que voar
Vai lá pra fora e faz melhor

Quando alguém
Vier pra te mudar
Lembra bem
Que o seu olhar
Apesar de grande ainda tem cor
Como um desenho seu
De um homem
Que era melhor

Tem cor

Look inside

Look inside your tiny mind
Now look a bit harder
Cause we're so uninspired,
So sick and tired
Of all the hatred you harbour.

So you say
It's not OK to be gay
Well I think you're just evil
You're just some racist
Who can't tie my laces
Your point of view is medieval

Fuck you (fuck you)
Fuck you very, very much
Cause we hate what you do
And we hate your whole crew
So please don't stay in touch

* Super do momento essa letra.

Vermelho

Antes de começar o texto, tenho que dizer que ele é furtado, estava lendo as coisinhas que meu irmão escreve e achei isso, gostei. Ele nunca vai ver que eu postei seu texto, eu não vou avisar.

Era um daqueles metropolitanos amarelos e estava meio vazio. Entrou de cabeça baixa, pagou a passagem e percebeu uns poucos bancos livres, não era um horário de pico, mas não esperava lugares disponíveis, se segurou em um apoio qualquer e passou os olhos pelos lugares vagos, e reparou lá no fundo um assento duplo com apenas um dos bancos ocupado, e quem o ocupava era justamente aquela menina do top vermelho. Sentiu um certo frio na espinha e a crônica indecisão que sempre o perseguia, caminhou acompanhando o balançar do ônibus, passou por um casal, por uma velhinha com sacolas, duas ou três crianças e mais o tipo comum de gente que se vê nos ônibus por aí, trabalhadores, alunos, e por aí vai.

A menina do top vermelho hoje não vestia top vermelho, estava com uma blusa preta simples, tinha entrado no ônibus no terminal, e já estava com uns 15 minutos de viagem quando um cara comum sentou no banco até então vazio ao seu lado, não reparou nele, nem quando ele entrou no ônibus e nem quando veio em sua direção com o olhar fixo e tenso, estava absorta, olhava pra fora pensando em nada, ou em tudo ao mesmo tempo, não reparava nem nas pessoinhas passando com suas preocupações pelas calçadas.

O cara comum seguiu pelo corredor do ônibus até o assento vazio, estava tenso, talvez até tremendo um pouco devido ao nervosismo, sentou apreensivo, ela nem olhou pra ele. Tentou se acalmar, procurou palavras, respirou fundo.

Aquele top vermelho a deixava ainda mais linda, naquela multidão de pessoas era só nela que ele reparava, olhava para os lados pra tentar disfarçar o nervosismo e parecia ainda mais nervoso, tomava um gole do vinho que um amigo oferecia, esperava uma oportunidade, que a deixassem sozinha, sorria com o canto da boca, cumprimentava um ou outro conhecido, mas assim as horas foram passando, ela acabou sumindo do campo de visão, e ele se sentia incompetente e fraco demais para fazer qualquer coisa quanto a isso.

- Eu... Eu... Vi você ontem.

- Ahn?

- Na festa.

- Ah, interessante.

- É.

E por um momento o silêncio impregnou o ar barulhento da metrópole.

Foi à festa com um top vermelho que gostava de usar, chegou com algumas amigas que tinham de fato um ou outro motivo pra estar lá, se divertiu, conversou com um monte de gente, bebeu um gole do vinho que um amigo ofereceu, um domingo como tantos outros, até que foram embora.

- Sabe, eu não sou muito bom nisso, então vou direto ao ponto: acho que estou apaixonado por você.

- Ahn?!? – Assustada, naturalmente.

- É sério, fiquei te olhando ontem na festa, com aquele top vermelho...

- Nem sei o que te dizer!

- Olha, o que você está indo fazer agora?

- Vou trabalhar.

- E não tem como você matar serviço e vir comigo?

- Até tem, mas...

- Então vamos!

- Aonde você vai?

- Sei lá, cinema, shopping, sorvete, qualquer coisa se você estiver junto!

- Isso é tão... Esquisito... Você não vai desistir mesmo né?

- E você desistiria de tentar convencer deus de que você merece entrar no paraíso?

- Uau!

Desceram alguns minutos depois, já quase no ponto final do ônibus, ele ainda disse mais algumas coisas bonitas de se ouvir, ela segurou na mão dele na hora de levantar do banco, ele apertou a mão dela com carinho, ela passou por uma conhecida no corredor e disse ‘oi’, ele apertou o botão de solicitar parada, ela desceu os degraus sorrindo, ele reparou que o ônibus estava meio cheio.

Alternate Ending:

Desceram alguns minutos depois, já quase no ponto final do ônibus, ele ainda disse mais algumas coisas bonitas de se ouvir, ela segurou na mão dele na hora de levantar do banco, ele apertou a mão dela com carinho, ela passou por uma conhecida no corredor e disse ‘oi’, ele apertou o botão de solicitar parada, ela desceu os degraus sorrindo, ele reparou que o ônibus estava meio cheio, ela olhou para os dois lados antes de atravessar a rua, ele não olhou, vermelho.

I'll remember forever and ever.

Dor?

A conclusão de hoje é que a dor física não chega nem perto da dor sentimental, a dor física na maioria das vezes você sabe de onde vem, o motivo e o possível tratamento, e se não tem tratamento pelo menos você tem essa certeza, a dor sentimental não tem nada disso, é como o ar ou coisa do tipo, você corre atrás da cura durante dias, semanas, meses, anos e quando pensa que está curado vem tudo de novo, você nunca está satisfeito por completo e aquilo no fundo nunca tem sentido. Tudo o que você precisa é aquilo que você não pode conquistar, que esta inacessível, o livre arbítrio alheio faz com que tudo o que você sinta seja facilmente passado por cima. Eu falo como se fosse assim com todos, bom, pode até ser, e pode não ser. Não sei se eu sou um ser comum, e que todos tem os mesmos problemas que eu, se tem, talvez lidem com eles de uma forma mais fácil, ou fingem não se importarem, como eu queria conseguir fingir.

***

Parou de chover e tudo o que eu queria era ir lá fora, não posso. Eu sempre quero o que esta muito longe do meu alcance e parece que eu estou me acostumando com isso, será? Hoje estou com uma dor de dente infernal, meu terceiro molar está nascendo e eu sequer tenho juízo. Dizem que dias úmidos e chuvosos fazem com que doa suas feridas, sempre achei besteira, mas talvez seja por isso que HOJE meu dente esta doendo, ou quem sabe eu estou ficando velha e turrona e acredito em baboseiras sem explicação.

***

A dor de dente ainda é menor do que a dor de ver você não me deixar em paz.

***

Me tira daqui.

"Nada mas me importa, quero sumir desse lugar, quero fugir sem olhar pra trás."

progresso

Eventos que me alucinam.

Nada me surpreende, anima, alegra mais que o mundo e suas coisas. Com o google earth eu viajo, me apaixono, vivo, morro, são tantos sentimentos que quase não cabem em uma pessoa. Hoje, passei horas olhando a cidade Pripyat, onde ocorreu o desastre nuclear, tem construções em 3D e tudo, sério, acho que historia com geografia me emociona muito, vi um documentário no youtube que se chama "O Desastre de Chernobyl - Narração Brasil" e é arrepiante! Conta a história com detalhes profundos, comentários de pessoas que estavam lá e tal. Pra quem está sem fazer nada no final de semana fica aí uma dica, tem para baixar pelo emule e torrent também, é só procurar :)

Outra coisa, quem estiver sem fazer nada, vai no pai google e digita "shibazakura", e veja como o mundo é lindo. Ficou a minha dica.

Será que eu nunca vou conseguir fazer posts bonitos e poéticos? Daqueles que eu vejo em blogs alheios, com muitos comentários mais bonitos ainda.

Em uma dessas fileiras empoeiradas de uma biblioteca da cidade onde eu moro encontrei um pequeno post-it em um livro de Gabriel Garcia Marquéz com os seguintes dizeres: "Mais um dia de vida, mãe" e pensei sobre o que se tratava, tinha tantas possibilidades e eu levei para o lado ruim da coisa, imaginei uma criança em tratamento contra um câncer. Mas porque uma criança leria um livro de um velho sacana com o titulo "Memoria de mis putas tristes"? Tanto faz.

* E olha que ela nem faz letras.

O amor não se deve somente queimar, mas também aquecer.

Johann Goethe

"it's my life, not your life, i'll end it when i want"

Cuide bem do seu amor, seja quem for!

Acho que afeto é essencial a todo ser, sentir-se amado é algo esplêndido! E tem muita gente que nem se da conta disso! Existem pequenos gestos que valem bem mais do que muitas palavras, por exemplo, você não precisa dizer "te amo" toda hora para alguém quando demonstra devidamente isso. Tem coisas que você sente no ar, sente no toque, sente no som e NADA muda isso.

E porque eu estou comentando isso aqui?

Sempre com exemplo de coisas vividas, né?

Então, tem gente que força relações, que finge algo que não existe e você com pose de esfinge ainda é chamado de metido ou coisa que valha. Ontem com apenas uma palavra de um amigo, fez eu pensar nisso. Fazendo brincadeiras irreverentes com a galera uma pessoa falou: "Eles vão se beijar" e meu amigo disse: "Não se beija irmãos, se nós fôssemos nos beijar todas as vezes que dançamos juntos já seriamos namorados". Sério, foi a frase mais linda que eu ouvi, nenhum "eu te amo" ultrapassa isso, não mesmo!

ps. É a primeira vez que eu coloco uma fotografia batida por mim. *.*

Na dança dos dias quem manda somos nós!

Varias coisas em uma só.

Quero falar sobre influências, ontem a noite, na aula de Artes a professora comentou sobre Woody Allen e eu falei toda empolgada "Professora, estou lendo um livro dele, inclusive está aqui na minha bolsa!", ela me olhou com cara de surpresa e disse: "É mesmo? quero ver", falou como se desconfiasse que uma aluna do ensino médio noturno, em uma escola estadual lesse Woody Allen, eu tirei da bolsa o pequeno livro de capa grossa, chamado "Sem plumas" e ela disse: "É Woody Allen, realmente", desde então eu percebi que eu realmente tenho algo diferente daqueles alunos, a maioria não lê, não pensam em aprender, apenas pensam em ganhar nota, muitos não sabem nem escrever e eu pensei: "Poxa, onde eu aprendi a 'ter vontade' de ler? Quem me ajudou a 'abrir' a mente?", então me lembrei do ensino fundamental, esse feito em escola municipal mas de ótima qualidade, foi la que comecei a ler, alugar livros, conhecer autores, lembro que li Vidas Secas, A Arvore que dava dinheiro, O menino do dedo verde, Muitos contos da Clarice Lispector, íamos em feira de livros, museus de artes plásticas, enfim, muita coisa eu devo aos meus professores do ensino fundamental, mas e o resto? Foi dai que eu resolvi lembrar da história de muitas coisas e postar aqui.

Vamos começar pelas músicas...

Meu primo, Luciano me ensinou a gostar de Pato Fu, Arnaldo Antunes, Cazuza, Barão, Titãs, Lobão, Paralamas, nesse tempo eu tinha uns 9/10 anos, meu irmão aprendeu tudo isso com ele também, mas como ele é mais velho, começou a conhecer coisas novas e me ensinou a gostar de Matanza, Tribalista, Johnny Cash, June Carter, e quando eu fui crescendo começei a andar com os amigos do meu irmão, um dele o Pedro, que me ensinou a gostar de Graforréia Xilarmônica, Marisa Monte, Palavra Cantada e que nesse tempo andava com o Tiago, ele me ensinou a gostar de Rancid, Green Day, Blink, Ratos, Merda, Mukeka, o Tiago era amigo do Alexandre e do Paulo que tocavam na mesma banda, o Paulo conhecia o Leandro, foi com quem eu passei os melhores anos da minha vida, o Lê me levou pra shows, me ensinou a gostar de Pelebrói, Debutantes, Muse, e me aconselhou a baixar músicas da internet para conhecer, nessa época eu já tinha uns 13 anos, foram alguns anos saindo com o Leandro, até que com 15 anos eu comecei a namorar com o Augusto, foi ele quem me ensinou a gostar de Ska, 80's, grunge, foi ele quem me apresentou bandas como No doubt, smiths, alice in chains, skatalites, nesse tempo veio tanta informação ao meu encontro que eu quase não dei conta de processar tudo, hoje em dia meu gosto musical está bem amplo, mas nunca completo.

Agora vamos lembrar dos livros...

Como eu disse, no ensino fundamental eu conheci muita coisa com os professores, mas conheci bastante coisas com amigas, uma delas a Karen, que lia os livros e me indicava, íamos a biblioteca do colégio e emprestávamos todos os tipos de obras, nesse tempo eu também conheci muita coisa pela internet, na verdade a maioria dos livros que eu leio ultimamente são baixados, alguns eu conheci por blogs e por amigos virtuais, hoje meus favoritos são: "O mundo de Sofia, O dia do curinga, Os funerais do coelho branco, O apanhador no campo de centeio, O retrato de Dorian Gray, A hora da estrela, e muitosss outros x)

Bom, está ai a historia das coisas, tenho orgulho desse meu caminho, haha. Muita influência, muitas opiniões, muitos conselhos de pessoas que realmente fizeram a diferença!

Bom final de semana!

Merchan! o/

Hoje vou postar algo que realmente me fez feliz! Talvez eu tenha sido o ultimo ser a conhecer, sempre é assim, mas de qualquer forma, tenho que divulgar.

O site é:

www.trocandolivros.com.br

Você coloca todos os livros que quer trocar, ou compra créditos que custa 14,90, e troca pelo livro que quiser, lembrando que os livros não são novos, são de outros leitores cadastrados. Eu postei o livro "Angústia" de "Graciliano Ramos" e pensei que ia demorar para um leitor querer ele, e foi ao contrario! No mesmo dia foi solicitado o envio para um menino de São Paulo chamado Renan, vou enviar amanhã pela manha, tenho até uma semana pra postar o livro nos correios. Sério, esse e meu site favorito a partir de agora :)

Revolta, ou não!

Como dizem, pau que nasce torto, morre torto, ou coisa que o valha.

Histórias, fofoquinhas e coisas fazem eu ter um nojo infiniiiiito que um ser aí, a pessoa hoje em dia paga de cult, de leitor, de estudioso, de músico, enfim, o ser anda pagando de 'boa pessoa', mas um dos meus melhores (♥) amigos me contou umas historias nada agradáveis, de tempos de ensino médio. Ele disse que a pessoa era preconceituosa, burra, reprovou 300 anos no ensino médio e era o típico bundão, que paga de forte só porque é gordo, nada contra gordos até porque eu sou 'fofinha' hoho. mas sei bem que gordura não é força DEFINITIVAMENTE!

A pessoa não se 'toca' e fica puxando assuntos idiotas que o torna mais imbecil ainda, se acha amigo dos meus amigos, mas todos acham ele um mala sem alça e não sabem como dizer isso pra ele, fica lendo recados alheios só pra colher informações e ter assunto, adiciona quem nem conhece só porque é meu amigo ¬¬, fica puxando meu saco, falando que está 'a fim' de mim, fica perguntando para os meus amigos o que faz pra 'chegar' em mim. Olha, sinceramente, gente assim me irrita. Tive que estragar meu blog com uma postagem dessa porque já não aguento mais! Parece blog de fofoquinhas e blah, mas juro que será a ultima vez! Eu precisava desabafar!

E porque não?

"Homens: Gosto das cores de suas roupas; do jeito deles andarem; da crueldade de certas caras. Vez por outra, via um rosto de beleza quase pura, total e completamente masculino. Eles levam vantagem sobre a gente; planejam melhor as coisas, alguns são mais organizados. Enquanto às mulheres vão as compras, tomam milkshakes ou desfilam com os sapatos novos, eles, os homens, pensam na gente, concentrados, estudiosos, decididos: a nos aceitar, a nos descartar, a nos trocar, a nos matar ou a simplesmente nos abandonar. No fim das contas, pouco importava; seja lá o que decidissem, a gente acabava mesmo na solidão e na loucura.

Agora, preste atenção no original:

"Mulheres: gostava das cores de suas roupas; do jeito delas andarem; da crueldade de certas caras. Vez por outra, via um rosto de beleza quase pura, total e completamente feminina. Elas levavam vantagem sobre a gente: planejavam melhor as coisas, eram mais organizadas. Enquanto os homens viam futebol, tomavam cerveja ou jogavam boliche, elas, as mulheres, pensavam na gente, concentradas, estudiosas, decididas: a nos aceitar, a nos descartar, a nos trocar, a nos matar ou simplesmente a nos abandonar. No fim das contas, pouco importava; seja lá o que decidissem, a gente acabava mesmo na solidão e na loucura.

-Charles Bukowski

É por isso que eu me pergunto: "e porque não?"

ps: O primeiro foi eu que "re-adaptei".

Medo pode ser virtude?

De uns tempos para cá o medo me persegue, ultimamente em especial, tenho medo de não passar no vestibular do final do ano, isso que o curso que eu quero fazer são apenas 4 concorrentes por vaga, mas me falaram algo do tipo: "Que bom, pelo menos o medo que você sente te faz estudar mais e mais!" será que é realmente assim? será que esse medo na real não serve pra nada? Tem noites que eu perco o sono, pensando em coisas ruins e tal. Ah, melhor eu parar de pensar em coisas assim, faltam 9 minutos pro meu turno acabar e eu ainda tenho coisas a fazer.

I'm so lonesome I could cry.

ps: Fiquei muito feliz com um comentário feito aqui no blog, por um 'rapaz latino americano sem dinheiro no bolso' na postagem do dia 5 de março, sério, me deixou muito animada :)

Um sonho...

Sexta feira passada depois do serviço, resolvi tirar um cochilo, já que não tinha aula e nada para fazer, e nesse pequeno cochilo, tive um dos melhores sonhos. Começou em um aeroporto, eu estava te esperando, lembro que eu estava com um sobretudo cinza e um cachecol, era um lugar bem frio e as janelas do lugar estavam embaçadas, de repente você chegou, com uma mala azul gigante, estava mal agasalhado e antes mesmo de colocar uma blusa me deu um abraço, AQUELE abraço. Depois disso já estávamos em um restaurante, as pessoas conversavam em alemão, sim, estávamos na Alemanha. Num instante já estávamos em um pequeno apartamento, o lugar era bem decorado, tinha um clima um pouco mais quente e tinha um cheiro agradável, estávamos sentados em um sofá grande, com algumas cobertas e conversando, era o lugar mais aconchegante do mundo o que mais durou no sonho foram os beijos, os abraços... e o resto do sonho é segredo. Só sei que começou a tocar uma música dançante e alegre, a letras começava assim: "Hey, what's the big idea?", será que era Mika? era... e na verdade era meu celular, já acordada fui revirar minha bolsa para achar ele, era uma mensagem, sua. Isso me faz acreditar que ainda estamos na mesma sintonia.

Eu gosto do colorido, da canção desafinada, da poesia sem rimas, gosto de bolo de cenoura sem cobertura, o que me agrada não é comum, eu me sinto bem quando coloco meu pijama do lado do avesso, quando não penteio o cabelo, eu gosto de sapatos maiores que meus pés, eu gosto da vida como ela é, sem mascaras, sem frescuras... Eu gosto do medo, de ter pesadelos, gosto de lamber o prato depois de tomar sopa, gosto de comer bobeiras e pra ser bem sincera, eu não gosto de caminhar na chuva sentindo os pingos, nem de chorar no banheiro, não gosto de praia, de andar a cavalo, de pessoas que parecem comigo e gosto muito menos de passar o dedo no copo de iogurte. Mas sabe de que eu gosto mesmo? Gosto de cutucar o nariz, de reparar os pelos nas orelhas de idosos, de pesquisar eventos estranhos da natureza e de imaginar as pessoas mortas, tem muito mais coisas, mas ficaria envergonhada de contar. E você? Do que você gosta?

Aguarde ...

Tudo é uma questão de manter

A mente quieta,

A espinha ereta

E o coração tranquilo

♥