domingo, 23 de janeiro de 2011

Curitiba de Leminski, Tezza e Trevisan.

Todos os dias desembarco na Westphalen, dias cinzas, adoro cinza. Passo na Rui Barbosa, compro algumas frutas e vou tomar o café da manhã na mesma mesa, da mesma lanchonete, da mesma Marechal Floriano, fico nessa rua - um pouco mais a frente - o dia todo, adoro. Converso com adoradores de coisas usadas, desde livros didáticos até playboys. Lá pelas 19hs vou pegar o ônibus na Muricy, no outro dia começo tudo de novo.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Prefiro o silêncio. Sem mais.


***


As pessoas gostam de falar, nunca gostam de ouvir, eu... não gosto nem de falar, nem de ouvir. Quando falo é mal, quando ouço, é ruim. Prefiro ler, observar. Driblar.
Escrever é uma forma de manifesto, silencioso, mas não deixa de ser manifesto. Mas pelo menos nos meus rabiscos posso selecionar os leitores, deixo de lado os desprovidos de bom senso e me aconchego nos restantes.
Não que eu prefira ser bem vista do que quista, mas o silêncio é primordial, quando eu abro a boca logo afasto 'quase' todo mundo, não falo merda, como a maioria, esse talvez seja meu maior problema, tem gente que ainda não entendeu que as novelas da globo e o programa do Gugu não me atraem.
Eu desejo que esse meu silêncio não faça o assunto sumir, assim, podendo coloca-lo aqui, entre quatro paredes.
Sem frases melosas para descrever qualquer sentimento, mas vamos concordar, os olhos falam muitas coisas.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Haikai's

Passou e ofereceu o algodão
Fiquei com vontade, comprei
Chegou a lamber os dedos


xxx



Era proibido estacionar, engraçado
Sempre gostou do proibido
Mas se assustou com o sujeito a guincho

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O mundo particular de uma criança, conto 4.

Ah... o natal. O natal começava a me enganar já em novembro, eu espera ansiosamente pela neve, queria que o telhado da casa ficasse branco igual no filme "Esqueceram de mim", queria mais ainda é que os vidros ficassem embaçados pra eu poder descongelar ele com uma bafejada e uma esfregada de luva, mas isso nunca acontecia, o que me deixava mais furiosa era que acontecia o oposto, como eu morava no norte do Paraná, o calor era intenso, parecia que eu já estava pagando pelos meus pegados antes de chegar no inferno. Essa não era a unica ilusão... Pra piorar tinha a parte de eu ter nascido em uma família pobre e sem religião, porque quando você tem religião a sua familia comemora feliz o nascimento do menino Jesus e teoricamente esquece do lado materialista, eu sempre fui muito materialista, não sei se foi mesmo por falta de religião, mas de qualquer maneira... Ficava frustrada com os embrulhos que minha mãe fazia, ela colocava os presentes em umas 10 caixas só para fazer volume, como se o embrulho fosse mais importante que o presente em si, ou como se eu achasse o presente mais caro só pelas caixas. Lembro que uma vez ela me deu um daqueles brinquedos de corda, que você tem que pescar os peixes com uma varinha que tem um ímã na ponta, os peixes ficam todos abrindo e fechando a boca só pra dificultar sua pescaria, é um presente bem sem graça, mas eu adorei, achei a coisa mais legal do mundo, ficava horas pescando os peixes e me fez até esquecer da neve e dos embrulhos.
Teve um natal que eu fui passar na casa dos parentes da minha prima, era uma familia rica, mas eu não conhecia ninguém, só lembro que eu não entendia porque eles colocavam uva passa e maça na farofa, sendo que doce não se come com salgado. Foi uma festa de gente com religião, mas eram mais consumistas do que a minha familia, ganhei cinco presentes (isso que eu nem conhecia ninguém) eles, diferente da minha mãe, colocavam o embrulho de qualquer jeito e jogavam os presentes de baixo de um pinheirinho plantado em um balde, depois da meia noite a criançada ia correndo olhar as etiquetas e os nomes para ver qual era de quem, lembro que eu ganhei uma boneca e um radio com microfone que tinha a foto da xuxa, até que eu gostei, mas a prima da minha prima fez questão de quebrar eu fiquei com tanto ódio que dei dois socos no braço mirrado dela e segurei os dedos dela com toda a força, ameacei que se ela chorasse ou contasse que bati nela ia cobrar o brinquedo dela, a menina ficou de bico calado e com um vergão no braço.
Hoje em dia eu não comemoro mais natal, ainda bem. Acho que peguei trauma.
Mês passado esse blog comemorou um ano, veja só, levei alguma coisa em diante pelo menos uma vez na vida. Eu ultimamente estava desanimada, sem nada para postar (ainda estou um pouco assim) mas resolvi não me deixar levar por isso. Já tinha pensado em deixar meu blog aberto a apenas amigos intimos, postar apenas meus textos mais bonitinhos, mas que se foda, não sei de onde eu tirei a ideia que é bom agradar os outros, aliás, quanto menos você agrada, mais prestigio recebe.
Antigamente eu andava por ai, comentando nos blogs alheios só para receber comentários em meu blog, mas hoje percebo que não adianta de nada isso, o bom mesmo é não dar moral e ler apenas o que me agrada (são poucas coisas). Achei um GIF que cabe perfeitamente no contexto.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Dois mil e 11

Espero muitas coisas esse ano, tipo passar no vestibular, coisa que eu não consegui em 2010, ou doar sangue, coisa que eu nunca consegui fazer (para isso preciso parar um tempo com as tatuagens). Não que a mudança de ano seja um pretexto para eu tomar um rumo, não mesmo. Apenas acho válido criar listas de metas e coisas simples (ou não) para tentar alcançar.
Estou mais preparada que ano passado, estou na verdade mais preparada que o segundo passado, justamente por isso a mudança de ano não é pretexto, mas o tempo é.
Vou tentar me afastar das coisas (e pessoas) que me fazem mal, me livrar de todas as coisas ruins que jogam para cima de mim. E fazer o oposto também, logo, darei mais valor as pessoas que me fazem bem, praticarei mais o bem também, agora se encaixa muito bem a frese do Nando Reis: "Amor dará e receberá". Levarei ela comigo.
Parece clichê, mas é a real essa coisa de purificação no novo ano, dessa vez espero não esquecer tão logo isso.