segunda-feira, 14 de agosto de 2017

olha, estou escrevendo novamente e já aviso que não adianta concluir nada sobre isso, essa não vai ser uma indireta em forma poética e muito menos um desabafo rancoroso. confesso que você deixou mágoas colossais e desproporcionais para meus 1m49 de altura, mas por algum motivo ainda não descoberto essas mágoas já sequer me surpreendem ou me fazem chorar em um domingo tedioso. tenho uma teoria, pode ser que eu tenha encontrado algo que já procurava há um bom tempo. é que eu andei procurando por algo que tinha de sobra dentro do meu peito: o amor. olha só como pode ser engraçada essa história, eu tenho mania de sair louca procurando algo que as vezes está na minha mão, ou sabe quando você ergue os óculos no topo da cabeça e fica horas procurando por eles? eu fiz isso. mas quando me dei conta, enfiei a mão dentro do peito e fiz questão de resgatar o mar de amor que tinha ali dentro, mudei o foco, entreguei esse amor para mim mesma como prêmio de consolação e com nenhuma possibilidade de devolução. eu me obriguei a ser amada, se não foi por você, agora será por mim mesma e nunca foi tão delicioso. andei aprendendo várias coisas sobre amor e na minha cabeça já existem milhares de teorias sobre o que realmente é amar. eu tive que sair de nós para me encontrar novamente naquela menininha de 1m49 que hoje em dia já nem é tão menininha assim.

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