sexta-feira, 29 de junho de 2012

É a vida.

is die lewe / është jeta / ist das Leben / هي الحياة / կյանք / həyat / bizi / জীবন / гэта жыццё / е животът / és la vida / se lavi / je život / er liv / je život / je življenje / es la vida / estas vivo / on elu / elämä / c'est la vie / é a vida / yw bywyd / არის სიცოცხლე / είναι η ζωή / જીવન છે / חיים / जीवन है / is het leven / az élet / adalah kehidupan / is life / Is é an saol / er lífið / è la vita / ಜೀವನ / est vita / ir dzīve / yra gyvenimas / е живот / adalah kehidupan / hija l-ħajja / er livet / زندگی / jest życie / un e-Vida ...



terça-feira, 19 de junho de 2012

Coisas boas vem com o tempo, as melhores, de repente.

E assim, sem nem esperar nem nada. Chega e aperta o coração, te empurra pro fundo do poço e ainda ri da tua cara, apontando o dedo, sabe?
Eu sou forte o bastante, mas tem coisas que te derrubam de uma forma que da até medo, faz você viver no mundo da lua, pensando em nada, só para não ter que pensa no caso.

***


Rolando na cama, embolando os lençóis e demorando três horas pra conseguir chegar perto do sono. Há duas noites não dormia bem. Como se não bastasse o nervosismo, a angústia e mágoa, agora começara a passar dias exaustivos, com olheiras fundas, que lhe cobriam a face de desgaste. Não sabia se era pior dormir ou ficar acordada, dormindo tinha pesadelos horríveis e extremamente reais.
Não tinha tempo para fazer o que queria e quando tinha tempo, não tinha vontade de fazer nada, só ficar deitada naquele sofá velho, cheio de arranhões dos gatos, que convenhamos, eram os únicos que aceitavam passar mais de dez minutos ao seu lado. 
Sentia que seus últimos 15 anos foram jogados no lixo, que não tinha vivido, queria começar a viver agora, depois dos 35 anos, onde sabia que já não seria a mesma coisa, como quando tinha seus 20 e poucos. Isso lhe dava uma ponta de arrependimento, de angústia que não podia mudar, não conseguia lidar com aquilo. Isso e tantas outras coisas eram temas dos seus pesadelos, pesadelos que a faziam ficar mais assustada, e nessa hora era impossível voltar a dormir, tinha um rio de coisas que passavam pela sua cabeça, uma enchente de pensamentos que só faziam ela se sentir mais uma Gregor Samsa no mundo.
Tentava resolver a vida, procurava emprego, quando estava na entrevista, sentada atrás de uma mesa, sendo avaliada, ficava pior, sentia que o avaliador tinha medo dela. Ela tinha espasmos, que só faziam seu rosto ficar com um aspecto mais melancólico, ela não conseguia controlar tudo isso. Sentia que com mesmo tanta experiência na vida, até um ser sem segundo grau completo teria mais chances que ela.
Queria voltar pra sua cama, sentir o cheiro de mofo da sua casa e dos seus gatos. Foi tomar a condução, contando as moedas que rolavam pela calça, perdidas em um bolso furado. Sabia que provavelmente teria perdido alguma, as moedas estavam certas! Agora ia ter que se sujeitar. Tirar os sapatos para ver se tinham rolado para dentro dele. As unhas sem fazer, era nisso que pensava, ela já não era feminina, não tinha mais esmaltes e nem fazia questão. Ela perguntou ao cobrador se não podia lhe trazer o que faltava, prometeu que voltaria. Ele olhou com um tom de preocupação e mandou ela ir andando.
Ali é que estava o problema, se ela andava, pensava. Ela não queria pensar na vida, não queria andar. Foi obrigada.

Chegou em casa trêmula, cansada, não tinha mais forças, estava há horas sem se alimentar. Acendeu o cigarro no fogão e foi dormir, sabia que iria ter pesadelos e que talvez nem conseguisse pegar no sono, mas conseguiu. Acordou com o sol nascendo, um calor infernal, uma fumaça densa e os vizinhos gritando do lado de fora. O fogo já havia tomado conta de tudo, estava nas paredes e cobria a casa, além da casa, seu corpo também estava queimado, queimou os dedos e os pés, os vizinhos estavam do lado de fora, olhando os bombeiros apagarem o fogo, alguns ajudando e outros coxixando.
Sentou no meio fio, viu o fogo levar tudo, as fotos, os escritos, os documentos, não teria mais identidade? Nunca teve, literamente. Olhou o fogo e riu, riu da cena. Os vizinhos tentavam falar com ela, mas ela não respondia. Levantou cambaleando, ainda pela fome, e saiu correndo, somente com a roupa do corpo, a roupa e um isqueiro no bolso. Nunca mais foi vista na cidade.

Cartas parte I

Jogue no lixo todos os sentimentos que irão fazer você mostrar seus pontos fracos. Deixe ela chorar em ombros alheios e quando a ferida estiver cicatrizando, insista em cutuca-la novamente.
Olhos de mel que agora tornaram-se rios de lágrimas, a rosa embolorou, isso significa que tudo resume-se a nada. Você gostava de me observar enquanto dormia, eu dormia segura de que você estava lá, hoje custo a acordar, garanto essa ser a pior parte do dia, levantar e saber que não posso mais te buscar após os mesmos dias, cansativos como sempre.
Ainda lembro quando me disse que tentava me dar meu sonho, ainda lembro dos seus olhos quando me mostrou a guia do médico. Fica tranquilo, agora. Você não irá precisar passar por isso, pelo menos não por mim.
Dormirei essa noite abraçada com sua foto, uma foto que coloquei na cabeceira, para me sentir protegida quando tivesse algum pesadelo. Sou uma menina mimada e medrosa, sabe? Talvez não estivesse na nossa hora, sou uma criança que precisa de abraço para não temer o escuro. Ficarei acordada imaginando uma solução, uma forma para esse soluço de choro passar. Ficou tudo tão preto e branco que hoje o medo do escuro virou medo do dia, ter que enfrentar o que já era um bocado difícil, agora sem você é quase impossível.
Eu buscava sempre te fazer sorrir, como era bom, cara! Te dar beijos longos para tentar acalmar os pulos involuntários do coração, que parecia sair pela boca.
O primeiro beijo foi tão doce, fiquei com tanto medo, afinal, no fundo eu sabia que aquilo tudo iria me fazer sofrer, mas eu gostava, deixei acontecer, para poder aproveitar o momento.
Eu tinha medo cada dia depois de te conhecer. Tinha medo mas não desisti, não fui fraca, tentei até todas minhas forças se esgotarem. Ouvi tudo o que não queria ouvir, mas não fui covarde, não joguei fora.
Doeu, dói, sangra por dentro e acabou deixando marcas, se vai passar? Sempre passa.











Cartas parte I - 22/03/2012

Para a menina dos origamis e olhar de mel. 
Jhennyfer. 

Com um beijo.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Indiferença.

Lembro como se fosse hoje, quando me apaixonei pelo brilho dos seus olhos, pela forma que segurava minhas mãos e a maneira que se preocupava comigo. Quando você me olhava daquela forma eu tinha certeza que queria ficar ao seu lado pro resto da vida, mas hoje... hoje você nem se importa, dorme afastado de mim, e nem sequer pergunta se estou bem. 
Eu ainda tenho sorte, afinal, essa é a melhor maneira de me afastar, me afasto sentindo um vazio, claro. Mas me afasto sabendo que aquela pessoa que eu me apaixonei, que eu amei (amei?) não existe, talvez nunca tenha existindo, o problema é que eu me iludi e deixei levar.
Pode deixar que eu vou guardar na memória todas as coisas que fizemos, todos os momentos, que na minha opinião, foram os melhores momentos da minha vida. Mas eu não posso continuar dessa forma, a falta de alguém do meu lado em um final de semana chuvoso não é tão grande quanto a indiferença de alguém que está longe e sequer se importa com o que você fez ou está fazendo.
Eu sinto muito, mas tudo foi se perdendo aos poucos, acabou o encanto, acabou a vontade de te sentir, você deixou tudo tão vazio que eu nem sequer sinto que preciso te abraçar.
Eu só preciso te dizer que em tuas mãos, nunca vai sentir alguém segura-las com tanta vontade de estar junto.



Interlúdio:

Será que é tempo que lhe falta pra perceber ?
Será que temos esse tempo pra perder?
E quem quer saber ?
A vida é tão rara
Tão rara...

domingo, 17 de junho de 2012

B-day.

Esse negócio de ficar mais velha é um saco, comecei a parar de gostar de aniversários quando fiz 18 anos. Esse ano não é nem um pouco diferente, odeio saber que cada dia que passa eu chego mais perto da morte, afinal, ainda tenho tanta coisa para fazer, morrer pra que?
Esse ano eu estou tentando não levar pelo lado ruim, vou viver "meu" dia como se nada de diferente tivesse acontecido há 21 anos atrás. Só quero dançar, como um em um dia comum.

Interlúdio:


sábado, 16 de junho de 2012

Até tu, Brutus?

Amor da minha vida, nunca duvide que o que eu guardo aqui é bem maior que qualquer sentimento já sofrido por você. Não duvide quando eu falo, nem quando eu tento, insistentemente ficar ao seu lado, mesmo que no fundo eu saiba bem que sua complacência vai bem além do teu sentimento e que tens medo.
Falarei, amor, por tantas outras vezes: "Brutus, até tua a me apunhalar?", repetirei quantas vezes for necessário, repetirei sempre que sentir o sangue coagular na garganta, quando o suor estiver correndo em minha face e você, com tuas três fileiras de dentes, me olhar e sorrir, sorrindo sempre.
Transito entre o passado, presente e futuro pra te sentir mais uma vez agarrando minha mão, como se o fim daquela viagem fosse o precipício. Eu olhei fundo nos teus olhos e declarei que jamais abandonaria sua presença, mesmo que desnecessária. Tua mão, sempre fria.
Em minha mente, bailarinas rodavam, enquanto você ficava imaginando o que eu poderia estar pensando, eu sabia que era tudo o que eu queria saber, mas garanto, meu amor, o tamanho de tal atrevimento é tão grande que não tem tamanho exato, afinal, nem eu sei o que se passa. Egoísmo querer você, reles ser aparte do meu, sentir meus pensamentos olhando em meus olhos. Eu lembro bem, que o que eu queria era banho e cama, mas queria também você, coisa que meus olhos nunca viriam revelar, nunca.
Costumavam falar que meus olhos não tinham vida, como assim? Eu vivo apaixonada, troco todos os meses de paixão, já que ainda não inventaram uma maquiagem que deixe as meninas dos olhos sempre brilhando, com carinha de "Essa vida é agora, pô!". Meus olhos, amor, são compostos por uma maquiagem que eu mesma criei, logo, não se iluda, você nunca vai entender.




Interludio:





- Brutus, até tu a me apunhalar...
Hoje eu sei...
Não vou deixar segredos escaparem
pra ninguém.

Ouço vozes e o calor consome meu corpo...
Joana? Contato!
Calligari te deixou após o bip um recado...
Joana? Contato!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Não levaste pedras e eu duro


Embora distes mais da minha margem
com esta multidão de luzes no céu camponês,
não te penso nem busco menos, ou porque
planto jasmim e semeio bagas e carrego terra
numa pá desde a ribeira ao quintal, vingam
coisas que vivem. Disseste que virias mas
aqui o ano passou sem notícias, fiz
um voto por ti, atirei pela janela o resto
do espumante para os lábios remetentes.
Propuseste também fazermos um pacto
de azeite numa lua ou lagar em sangue, não
lembro bem, era natural distorcias as figuras
sentimentais, comentei até essa conversa
em que não vi nenhum fim especial
e apenas me deixou alegre pois virias eu
estava talvez não tão atenta mas foi bom
sendo incerto o que aconteceria a seguir
– e mil vezes aceitar, mesmo que contrário
ao investimento posto na ideia de amigo
ou até algo mais afim ao outro lado da alma,
avesso ainda assim à perda que é ficar
só com este real irremediável – tu nem 
remetente deixaste para uma chave
que não tinhas outro sítio onde enfiar,
mas nos olhos ou ao ombro uma banda
negra e escutavas um silvo apertado e seria
eufórico ou sobrenatural no fulgor de um
tímpano a perder de riso o rio, mas não
vale encobrir tantas vezes a morte
de muitas palavras, e afinal tu crês,
o que há além do superficial talvez seja
mais que fundo, mas só fundo repito é
onde estão os que ficámos e eu não sei
que tempos, porque não chove, demora,
com as cheias, a tranquila ascensão outra vez.
Queria pedir-te, como antes fazias e eu
vinha, uma visita em duas linhas neste estilo:
não se está mal mas não corre como eu queria,
se cá estivesses sempre parecia mais normal

A poesia mora aqui.


"Qualquer amor
 Cura e magoa
 Qualquer boca
 Cala ou ecoa
 Grita e gargalha
 Suplica
 Conforta

 Mas nada importa
 Se o "amar" engana
 Se o engodo impera
 E o ódio e o gostar
 Se irmanam
 Moram na mesma casa
 Dormem na mesma cama

 Dois tipos sanguíneos
 Nao correm na mesma veia
 Mas se misturam
 Na mesma vala." 



terça-feira, 12 de junho de 2012

mammy, mamá, maman,mamãe...

Nos últimos meses está incontrolável minha vontade de ser mãe. Adoro criança, mas ser mãe vai bem além de simplesmente gostar de criança, quero sentir aquele pedacinho nhóin nhóin nhóin chutando minha barriga e saindo do meu ventre.
As vezes me pego pensando na decoração do quarto do meu baby, nos nomes e tudo. Se for menina o quarto vai ser amarelo e os nomes ficam entre Isis, Sofia e Pietra. Se for menino o quarto será verde e os nomes ficam entre Arturo, Charles e Pietro. Já imaginou que cuti cuti?

Ainda tem gente que me olha e fala: "Você? Mãe? HAHA".
Cara, não é porque eu não sou uma mulher tradicionalista, daquelas que parecem viver nos anos 60 que eu não quero ser mãe e também não quero deixar de ser do jeito que sou depois que for mãe. Não serei "do lar" e muito menos farei dos meus dias a mesma coisa... ir às compras, limpar a casa, passar roupa, trocar fralda e a noitinha trepar com o marido para não arriscar de ser traida. Eu quero outra coisa, sabe? Claro que eu sou um pouco mulherzinha, adoro cuidar de plantas e gosto de cozinhar, mas tudo tem limite, sabe? Não quero ter vida de Barbie e muito menos quero o Ken.

sábado, 2 de junho de 2012

Hey, alma gêmea!

Essa noite, me deparei com uma música que fala tanto. Estava eu voltando para casa depois de mais um sábado e como eu moro em uma cidade muito hipster, os ônibus são sintonizados em F.M's. A música que estava tocando me chamou a atenção pelo refrão: "Hey! Soul sister". Chegando em casa vi que é a música perfeita para meu atual sentimento. Observaremos partes da letra:

I knew I wouldn't forget you
And so I went and let you blow my mind
Your sweet moonbeam
The smell of you in every single dream I dream
I knew when we collided
You're the one I have decided who's one of my kind
Hey, soul sister
Ain't that Mr. Mister on the radio stereo
The way you move ain't fair, you know
Hey, soul sister
I don't wanna miss a single thing you do
Tonight
Just in time, I'm so glad
You have a one track mind like me
You gave my life direction
A game show love connection
We can't deny
I'm so obsessed
My heart is bound to beat
Right out my untrimmed chest
I believe in you
Like a virgin, you're Madonna
And I'm always gonna wanna blow your mind
The way you can cut a rug
Watching you're the only drug I need
You're so gangsta, I'm so thug
You're the only one I'm dreaming of you, see
I can be myself now finally
In fact there's nothing I can't be
I want the world to see you be
With me

Interlúdio: