terça-feira, 22 de novembro de 2011

O fato é que nunca consegui entender porque a gente não supera certas coisas.



Eu sou do tipo que vive voltando atrás, dizem que quem vive de passado é museu, então prazer, meu nome é museu!





Eu não consigo ser certinha, seguir padrões que não existem ou se existe, só servem para te fazer deixar de viver. Sou assim, as vezes me nego a aceitar, mas sou assim. Não consigo me encatar com coisa simples, não consigo pedir pra parar quando eu sei que quero, mesmo ninguém aceitando.





Sou viciada, sou viciada em viver, seja isso bom ou ruim só sei que não vou deixar escapar, não vou deixar que me tirem o pingo de vida que posso ter, só pra simplesmente seguir um padrão social. E se alguém entender o que eu escrevo? Foda-se, escrevo 99% pra mim e 1% para os outros, só quero falar o que ninguém ouviria, não ouviria sabe porque? Por que provavelmente estaria perdendo tempo vendo novela ou coisa que valha. Já não me sinto mais animada, mas que se foda, ânimo é pra quem precisa, quem disse que eu preciso? Não preciso por que tenho uma garrafa de café ali olhando pra mim, isso sem tirar a cartela de paracetamol, dizem que se eu ingerir ela toda de uma vez posso morre... sinto muito, mas não quero morrer, como já disse, quero viver, quero viver mesmo que meu combustível seja o café e o paracetamol, foda-se, tem gente que usa o amor como combustível, mas como já diria o sábio poeta... "Café não tem nada a ver com o amor, café desce rasgando e te deixa ligado". Calma ai! Espera, voltando... O poeta estava bêbado, café tem tudo a ver com amor se pararmos para analisar a frase! "Amor desce rasgando"









Amor desce rasgando...

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

E quando a gente acha que a felicidade está chegando, percebemos que o que está vindo na verdade é mais um vendaval, para fazer você se perder em uma brisa qualquer, chorar por não saber direito o que passa na cabeça, no momento em que você tem certeza apenas de uma coisa, certeza de que não sabe de nada. E quando eu estender as mãos outra vez, pedindo pra que me levante, espero que você me olhe bem fundo nos olhos e me faça lembrar de tudo que fiz você passar, assim, quero sofrer, por que ainda sei que no fundo tem algum sentimento, não seria capaz de fazer sofrer alguém que em exatos 19 dias me fez provar das mais variadas sensações, e isso sem fazer esforço nenhum. Eu posso ser neurótica, posso ser louca e ter meus problemas, mas sei ser humana acima de tudo, acima de qualquer coisa.
Eu sei que não aguentaria falar isso olhando para você, pois querendo ou não, me sinto calma, me traz paz estar com você, o problema, como já dito antes, é minha cabeça.

"Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. "

... a pessoa mais sábia é aquela que sabe que não sabe ...

Mas e quando o grau de informatividade é muito baixo?

Eu gosto de sentar com alguém e conversar sobre os mais variados assuntos, poder falar das estrelas, da relatividade, de teorias estranhas, de música, artes, linguagens... Eu busco uma pessoa para poder interagir, dividir comigo tudo de estranho, curioso e bonito que eu vejo no dia a dia, e sim, eu dou mais valor a um bom papo do que um beijo bom. Quero que entendas que eu não me acho mais sábia que alguém, bem pelo contrário, eu sei que todos possuem algo para compartilhar e é justamente isso que eu preciso, preciso saber dos teus medos, das tuas falhas, preciso que me digas o que é bom e o que é ruim pra você, afinal passo mais tempo conversando com meu cachorro do que com alguém e definitivamente eu cansei disso.
Parei de esperar para ver se algo muda, cansei de deixar meus amigos e pessoas legais de lado pra passar exatas 4 horas sem falar NADA, ficar sem assunto quando se tem assunto é foda, só quem passa por isso sabe como é.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

29 de Julho.

A cortina transpassava o sol em um tom meio azulado, vez ou outra encontrava perdido um raio de luz do dia, eu me aconchegava, sentada na cama com o travesseiro erguido segurando minha coluna para que tudo fosse perfeito e que os monstros da literatura me acompanhassem por horas a fio. Abria meu livro e em instantes lembrava da última linha que havia lido, de uma hora para a outra já estava em um universo paralelo, sem pensar em mais nada, exceto quando a Jhully - minha gata mais velha - se mexia no meio dos cobertores e deixava meu pé sentir a friaca de julho.
De repente, meu coração começara a bater forte, tinha a sensação de que iria sair pela boca, descobri então, o que era o clímax do livro, a hora em que Arturo Bandini batera em Camila, que Holden Calfield visitara seu irmão no cemitério, que Winston Smith desobedecera a policia do pensamento e que os porcos de George Orwell tomaram o poder. I-N-D-E-S-C-R-I-T-Í-V-E-L!
Me acalmei, voltei ao estado normal, percebi que o suor já estava percorrendo minha face por completo, as cobertas já estavam no chão, senti o cheiro do bolo que minha mãe assava na cozinha, era o cheiro que só o bolo da minha mãe tinha, percebi que estava viva, que era matéria, que o mundo era real, acordei do estado literário, voltei. Era só um dia comum, 29 de Julho de 1984.