terça-feira, 4 de setembro de 2012

I refuse to sink...

Eu luto contra a maré e contra todos os obstáculos que colocam na minha frente, agarro qualquer fio de esperança, busco tirar a cabeça do fundo da água e respirar, mesmo que me reste apenas uma pontinha de possibilidade de viver.
Afastei barricadas para alcançar o que meu coração buscava, andei no breu total, corri sobre trilhos e quando percebi que estava perto do fim, viva e pronta para viver, me derrubaram. Sabe quando você está de braços abertos, sentindo a liberdade, de olhos fechados e vem um filho da puta te dar um soco na boca do estômago para você acordar? As vezes eu me sinto assim, e penso... "Mas que merda estou fazendo?"
Ninguém aguenta o impacto sozinho, ninguém consegue ser frio o suficiente a ponto de viver correndo atrás da vida, enquanto um peso está ancorado em você.

Eu queria me preocupar menos, fazer menos planos, viver menos intensamente, acontece que eu não consigo, ou é... ou não é! Ou você demonstra o que sente, ou passa a vida inteira tentando convencer os outros, palavras são fáceis, quero ver sentir, querer. Ninguém é capaz de ficar esperando eternamente que as coisas aconteçam, ninguém é capaz de aceitar os argumentos que te empurram, enquanto você se fode amando, enquanto você enfrenta o que vem pela frente, enquanto você marca na carne, enquanto você troca hábitos e tudo.

Longe de mim querer que alguém se iguale aos meus modos de sentir um amor, longe de mim que alguém seja tão intenso quanto eu, só acho que você acaba virando uma pedra de gelo quando as coisas vão acontecendo totalmente ao inverso do que você se dedica. As vezes a gente cansa de dar murro em ponta de faca, as vezes tudo o que você quer é deitar na sombra de uma árvore e esquecer de tudo, esquecer do que já fez por alguém que não retribuiu 1/3 do que você deu.
Levantar e tirar as folhas secas que acabaram ficando sobre mim, aquelas que você nem ao menos fez questão de tirar, assoprando de longe, que fosse. Estou custando a fazer isso, acho que no fundo estou empurrando isso com a barriga bem mais que você, mas uma hora crio coragem, uma hora me seguro na borda do precipício e quero ver quem vai ter a audácia de me dizer: "Então tá!". Quero que se foda se vai doer, quero que se foda se vai sangrar, se vai apodrecer, eu cansei e não é de hoje, eu cansei de viver na margem, eu quero por inteiro, já disse e repito, eu não sou mulherzinha de ficar aguentando e esperando calada pra que nada nunca aconteça.
É o que eu digo, se é amor, mostre que realmente é, cansei das palavras.

Um comentário:

  1. Tava fuçando nessa coisa louca que é a internet e de repente caio no seu blog. Lembro que já nos falamos um tempo atrás, acredito que por causa do show do Green Day. Essa internet é um ovo rs.

    Enfim, ótimo texto, gosto da sua forma de demonstrar o que sente.
    Abraços.

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