terça-feira, 29 de junho de 2010

Largo da ordem, música, futebol e cerveja.

Precisa de mais alguma coisa? É, meu bem eu até me acostumo com isso, tenho que tomar cuidado. Percebi que o carnaval permanece firme e forte o ano inteiro na capital underground, mas agora sem o calor infernal e com o grito "É Hexa!" entalado na garganta. Subir pelo largo da ordem com ou sem kombi de som, comemorar cada vitória da nossa seleção brasileira, e ver os olhinhos das pessoas brilhando de alegria!
Tudo isso sem contar com a cerveja e com os amigos do lado. A comemoração de cada gol com pessoas que realmente fazem a diferença e sabem o que você sente.
É uma mistura de todos os sentimentos possíveis, muita alegria para uma pessoa só. Sem palavras.



Aposto que a resenha da minha vida venderia bem mais que a da "Geisy Arruda".

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Cultivando paixões.

Estava lendo algumas coisas antigas, aqui do meu blog mesmo, e percebi de quanta gente eu falo, de quantos meninos que já passaram pela minha vida e de algum jeito deixaram alguma marca. Casos antigos, outros nem atuais e nem criando pó. Percebi como eu sou vulnerável e como tenho necessidade de pensar em alguém antes de dormir. Percebi, também que atualmente não tem ninguém que faça meu coraçãozinho bater forte e que antes de dormir eu só penso em outubro. Claro que tem alguns que eu ainda admiro e até acho graça, mas... sei lá.
Acho que venho desistindo do amor e percebendo como a vida é, eu particularmente não queria me desumanizar, mas parece ser inevitável.

É tão fora de moda ficar mal.

sábado, 19 de junho de 2010


O intervalo é a hora em que você vive.
E quando você vive geralmente desiste.
É por isso que nunca te deixam parar.
Até nos filmes os intervalos são entupidos.
Cheios de produtos para comprar.
Coisas para engolir.
Gente para querer.
Música bonita.
Felicidade.
O intervalo é a hora em que você sabe.
E quando sabe geralmente para.
É por isso que nunca respirou.
Só colocou ar pra dentro e pra fora.
O intervalo não é coisa de Deus.
Porque Deus tem controle remoto.
Mais de duzentos canais.
Incluindo os de putaria.
E você só uma tela preta.
Em que imagina sua vida.
Sem poder mudar de canal.
Nem parar.

Os funerais do coelho branco - Nenê Altro

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Hoje me descrevi, chorei.

Se é, que seja muito bem feito. Se não for, não muda. Sou mulher, moleca, amor, ódio e tudo isso lado a lado. Danço, canto, sou rebelde mas não tropeço quando coloco salto, e não deixo de questionar.
Perco tempo, me apaixono, sofro, choro, mas quando gosto, gosto de verdade! Sou de verdade, carne e osso, e por sinal, tenho bastante carne. Sei dizer, compreender, ouvir e sentir.
Agora, olhando lá no fundo. Peguei a lanterna, coloquei bem no centro da alma e descobri que nada mais sou que uma manteiga derretida, meu choro é meu lar, mostro ser rude para não me deixar levar, mas choro... choro por nada e por tudo, gosto de chorar. Essa sou eu, e você?

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Sorvetetes.

Sentimentos, elas até tinham, mas quem disse que dava tempo de elas sentirem algo? Estou falando das bonecas que produzem o sorvete expresso, sabe? Baunilha, morango, chocolate... tem para todos os gostos e no final sai até o extrato de quanto o atendente deve dar de troco. Mesmo sendo uma para fazer cada sabor e uma para fazer a soma do troco, é um trabalho realmente difícil. O lugar onde elas preparam o sorvete é extremamente apertado, mesmo nenhuma delas passando de 1 metro e 20cm.
No mundo dos sorvetes expressos a vida é dura, mas as Sorvetetes não se deixam abater, elas trabalham dia e noite com o sorriso no rosto e alegria no coração por adoçar a vida das pessoas.

Escolha viver, Escolha um emprego, Escolha uma carreira, uma família.
Escolha uma televisão enorme. Escolha lavadoras...
Carros, CD players e abridores de latas elétricos.
Vamos!
Escolha saúde, colesterol baixo e plano dentário.
Escolha uma hipoteca a juros fixos.
Escolha sua primeira casa. Escolha seus amigos.
Escolha roupas esporte e malas combinando.
Escolha um terno numa variedade de tecidos.
Escolha fazer consertos em casa e pensar na vida domingo de manhã.
Escolha apodrecer no final, beber num lar que envergonha.
Os filhos egoístas que pôs no mundo para substituí-lo.
Escolha o seu futuro. Escolha viver.
Mas por que eu iria querer isso?
Escolhi não viver. Escolhi outra coisa.
E os motivos...
Não há motivos.
Quem precisa de motivos quando tem heroína?

terça-feira, 8 de junho de 2010

O mundo particular de uma criança, parte 2.

Chegou a hora de contar a história dos pés de manga...
Quando eu era mais nova, morava no interior do Paraná e lá, pés de manga eram o que mais tinha, e todos bem carregados! Eu costumava brincar com o meu irmão, até quando chegou a idade de ele ir para a escola e eu ficava em casa sem ninguém para dividir as aventuras, então embarcava sozinha em um universo paralelo.
Ao lado da casa onde eu morava, tinha um pé de manga que até hoje eu lembro cada galho, a textura e até o sabor das mangas. Eu, toda aventureira, pegava uma faca sem ponta que servia para tirar o barro dos calçados, colocava dentro do calção e seguia atrás da manga perfeita. Eu sempre subia pelo mesmo galho e sentava quase sempre no mesmo lugar, eu dizia que o galho onde eu sentava era uma cadeira, pois, tinha o formato parecido, onde meu bumbum encaixava direitinho.
Tinha algumas mangas que eu seguia o crescimento inteirinho, até o dia que elas estavam no ponto certo e eu as comia. Na hora que eu encontrava a manga perfeita era um ritual, usava minha faca sem ponta para arrancar ela do pé, tirava a casca com os dentes, adorava quando eu puxava e saia grandes pedaços da casca, mas adorava bem mais quando o suco da manga escorria pelo braço até chegar no cotovelo, depois de comer eu ficava tirando os fiapos dos dentes e me imaginando em uma ilha, como se eu fosse um índio ou coisa parecida.
Quando eu descia da arvore já era quase a hora do meu irmão chegar, eu pegava meu caroço que de tanto eu passar os dentes já nem tinha mais fiapos e plantava ele no fundo de casa, quem sabe não nasceu um pé onde outra criança brinca hoje em dia?

segunda-feira, 7 de junho de 2010


Não é porque eu sujei a roupa bem agora que eu já estava saindo,
Nem mesmo por que eu peguei o maior trânsito e acabei perdendo o cinema,
Não é por que não acho o papel onde anotei o telefone que estou precisando,
Nem mesmo o dedo que eu cortei abrindo a lata e ainda continua sangrando,
Não é por que fui mal na prova de geometria e periga d'eu repetir de ano,
Nem mesmo o meu carro que parou de madrugada só por falta de gasolina,
Não é por que tá muito frio, não é por que tá muito calor.
O problema é que eu te amo
Não tenho dúvidas que com você daria certo
Juntos faríamos tantos planos
Com você o meu mundo ficaria completo
Eu vejo nossos filhos brincando
E depois cresceriam, e nos dariam os netos
A fome que devora alguns milhões de brasileiros
Perto disso já nem tem importância
A morte que nos toma a mãe insubstituível de repente dela eu já nem me lembro
A derrota de 50 e a campanha de 70 perdem totalmente o seu sentido,
As datas, fatos e aniversários passam sem deixar o menor vestígio.
Injúrias e promessas e mentiras e ofensas caem fora
Pelo outro ouvido
Roubaram a carteira com meus documentos, aborrecimentos que eu já nem ligo
Não é por que eu quis e eu não fiz
Não é por que não fui
E eu não vou
O problema é que eu te amo
Não tenho dúvidas que eu queria estar mais perto
Juntos viveríamos por mil anos
Por que o nosso mundo estaria completo
Eu vejo nossos filhos brincando
Depois... nos trariam bisnetos
Não é por que eu sei que ela não virá, que eu não veja a porta já se abrindo
E que eu não queira tê-la, mesmo que não tenha a mínima lógica esse raciocínio
Não é que eu esteja procurando no infinito a sorte
Para andar comigo
Se a fé remove até montanhas, o desejo é o que torna o irreal possível
Não é por isso que eu não possa estar feliz, sorrindo e cantando
Não é por isso que ela não possa estar feliz, sorrindo e cantando
Não vou dizer que eu não ligo, eu digo o que eu sinto e o que eu sou.
O problema é que eu te amo
Não tenha dúvidas, pois isso não é mais secreto
Juntos morreríamos, pois nos amamos
E de nós o mundo ficaria deserto
Eu vejo nossos filhos lembrando
Com os seus filhos que já teriam seus netos.
Corri contra o tempo,
Entrei sem limpar os pés,
Me despedi com pressa,
E agora sim, eu sei que foi erro meu,
E não teu... você nunca erra.

Sobrou amor,
Faltou paixão,
Eu ouvi você dizer que "não era bem assim"
... eu nem liguei.
O erro? Foi ter nascido.

Esperei de mais,
Recebi de menos,
Esperei...
Espero...
E mesmo errando, sei que vou esperar.

Não necessariamente nessa mesma ordem,
O resto é instante, o resto é momento.
Depois disso, não sei se choro ou se sangro.
É Nando, "Da lágrima, sal"
Muitas vezes quero ser eu, mas não sou.

domingo, 6 de junho de 2010

São tantas informações que eu não consigo nem pensar em todas elas, já disse que quando a emoção vem, tudo vem por completo, enche e vaza. Uma palavra estraga seu dia, mas pior do que isso é quando estraga sua semana, seu mês, seu ano... sua vida. Eu sou cega sim, e vou continuar sendo assim, não me importo com o que os outros pensem sobre isso.

Hoje, cheguei em casa e chorei no colo da minha mãe, chorei até soluçar, e ela me perguntou porque tanto choro, eu respondi que não sabia, mas que achava que era por não meu enquadrar nessa sociedade onde o amor não existe e onde os seres são só... mas um.

Eu bem que pensei que não deveria mais sair de casa, na verdade eu tenho é que começar a seguir meus instintos.

Boa noite.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Auto afirmação.

A vida como ela é não basta para muitas pessoas, elas precisam de outros seres para sobreviverem e esse ser de quem eu falo é o próprio ser humano. Você já parou para pensar em você mesmo, hoje? Sem a opinião dos outros, sem o gosto alheio interferir, sem bajulações e coisas do gênero. As vezes quando vem coisas na tua frente do tipo para te mostrar "o que está na cara", vem tudo de uma só vez e hoje eu percebi o quão "porcos" são alguns seres humanos, sem fugir do assunto, claro, sem falar de todas as outras coisas ruins dos seres, até porque eu ficaria horas aqui.
Hoje, eu parada, olhando a minha turma da escola percebi como as pessoas são iguais, ouvem as mesmas músicas, usam as mesmas roupas, cortam o cabelo da mesma forma, enfim, eu lá parada... olhando aquilo e pensei alto: "Que graça tem em ser 'normal'?", minha colega logo respondeu com um tom de ironia: "Que graça tem ser 'diferente'?", eu fiquei quieta, é claro, mas fiquei a noite toda pensando nisso, o que me torna diferente deles? Será que é um nível acima de pensamento?
Esse ainda não é o ponto que eu quero chegar, esse foi só o inicio da minha conclusão. Existem carecas que ficam chateados de serem chamados de carecas, negros que se ofendem quando são chamados de negros... e assim vai. Agora me diga, o que faz você se magoar com o que você é? Qual é essa lista de ser perfeito?
Existem pessoas que não se contentam em serem magras, elas tem que ser chamadas de magras. Elas não se contentam com o conforto do carro novo, elas esperam que você ache o carro bonito e que diga isso pra todos ouvirem. Elas não ficam satisfeita por você ser o "diferente" da turma, elas tem que comentarem sobre isso bem quando você está perto, fazem QUESTÃO que você ouça.
Pode ser que uma coisa não tenha nada a ver com a outra, mas fez eu refletir bastante.

Quem sabe um dia eu entenda todas essas pessoas que vão pra escola para ouvir "
rebolation", usam o cabelo engraçado e compram nike falsificado mesmo sabendo que vai machucar o pé.

*Aposto que tem muitos erros de digitação, pois não dei uma revisada :)