terça-feira, 4 de agosto de 2015

Eu queria escrever algo diferente hoje, algo que transferisse em letras tudo aquilo que eu sinto por você. Hoje eu gostaria de eternizar nós dois em um papel, para que nem eu nem você acabe deixando o passar dos dias corroer nossas memórias. Hoje eu queria ter uma recordação física de cada um dos mais de 1000 dias que passamos juntos, poderia ser um bilhete de cinema, um fio do meu cabelo laranjado para que nunca esquecêssemos de quando você me chamava de tangerina, uma embalagem daquela antiga marca de cigarro que costumávamos comprar, um rótulo daquela cerveja que bebemos no meio fio na frente de casa, um ticket do mercado de quando compramos ingredientes para fazer pastel ou qualquer outra besteirinha que te trouxesse aqui, mais pra perto de mim, mesmo hoje estando tão longe. Só queria te deixar mais fresco aqui nos meus pensamentos.
Hoje, já não penso mais em você quando estou indo para casa, sei que não vou te encontrar e prefiro não pensar, para não surpreender meu coração com a sua falta ao abrir a porta. Eu já não posso saber de você, não posso te perguntar se comeu ou se seu dia foi leve e isso me dói, dói por saber que nunca vou conseguir explicar o que era te mandar mensagem de bom dia, nunca vou conseguir descrever a tranquilidade que me passava quando falava que almoçou bem, que não colocou muito sal na comida, que pensou em mim e assim como eu, sentiu uma falta de apertar o peito.
Agora, que tudo acabou, te guardo aqui no cantinho, com o mesmo amor e carinho e lutando para o tempo não levar você completamente de mim e como você mesmo tem costume de dizer, meu blog, agora é o único que pode ouvir meu desabafo.

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