quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Remando contra a maré

Já me senti sem rumo diversas vezes, já gritei e nem sequer consegui ouvir minha própria voz. Mas sempre, quando entre em desespero, quando me sinto sem rumo, agarro uma mão que sempre está ao meu lado.
O grande problema é que agora, essa mão é o motivo do meu desespero, essa mão não me agarra com força, ela aperta meu pulso mas solta os dedos, um a um, para ver a queda... lentamente.
Eu sempre quis ir ao lado contrário do comodismo, sempre quis viver algo realmente intenso, provar dos pecados e de uma vida nada normal. Mas tudo tem seu preço, eu poderia estar estacionada, coçando o saco, vendo futebol e com qualquer mordomia. Mas eu escolhi o incerto, o duvidoso. Por horas é tão bom, tem um sabor diferente, tem um gostinho de vitória indecifrável, mas nem sempre é bom, tem horas que a mágoa é grande, que a dúvida é maior que sua vontade de ficar e que o amor não é o que pode te segurar. Nessas horas eu me arrependo, sento na frente do computador e escrevo qualquer coisa sem o minimo sentido.
Eu só queria estar bem comigo mesma e com você mesmo.

2 comentários:

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  2. Acho que uma das mentiras mais falhas e comprometedoras que se pode dizer é: Tudo vai ficar bem. Ninguém sabe! Não tem como saber do futuro. Em vez disso porque não dizem: Espero que você consiga o que quer, ou que consigamos. O pior é que eu já disse essas frases falhas várias vezes. Não me abono. Mas a mão soltar da outra. Acredite ou não, isso não acontece, nem vai acontecer. O máximo que pode acontecer é ela ficar que nem aquela cena do filme da Clarah, em que ela estende a mão espalmada solta no ar esperando a outra lhe segurar. Pode ser assim que a minha fique, por tempos e tempos, espalmadas no ar esperando a sua, que nessa hora já pode ter ido embora. Eu lembrei de que falamos da frase pra minha tatuagem. Você sugeriu algo do poema "Catre", que eu escrevi pra você. Engraçado que hoje de manhã, assim que cheguei no trabalho, abri e o li inteiro, por três vezes. E o final é o que me fez decidir o que eu quero tatuar. Que é: "De amor, meu caro, também se morre."
    Vai ver que eu sou isso mesmo, esse seu título do post, uma maré bravia, em que o marinheiro náufrago nada, nada, nada, mas tem uma hora que ele cansa, submerge, e vai encontrar os corais, e vê que há algo mais interessante para ele, do que se cansar tanto por lutar pela maré ingrata.

    Ps.: Sim, eu sou um poeta dramático, mas quem um dia não é ou possa vir a ser?

    Te amo, não como ontem, como sempre. Te amo mais, muito, sempre mais.

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