sexta-feira, 24 de março de 2017

Eu queria te ligar naquele momento e gritar ao telefone, te pedir para ir correndo me encontrar. Queria que fosse um daqueles momentos em que tudo está bem entre nós e eu posso correr te procurar quando o peito aperta. Saí daquele consultório com as pernas tremendo e o coração apertado, morrendo de medo, suando frio, mas firme. Se eu te contar o número de coisas que estavam passando pela minha cabeça, você não vai acreditar. Eu estava a beira de mais uma crise, mais um ataque de pânico, mas como semana passada no supermercado, consegui me segurar e manter a calma. Dizem isso, que situações te dão forças que você nem imagina que possa ter, de repente eu aprendi a lidar com meus ataques de pânico e respirar.
Ao chegar no escritório, te liguei com medo de você não aceitar minha ligação, tive que tentar cinco vezes para ter coragem de falar algo. Meu peito estava doendo, eu carregava em mim todos os receios do mundo. Eu não consegui falar com você, lembrei de todas as vezes que fui tratada como louca e  então foi que decidi e tentei falar por mensagem. Estava tremendo.
Na primeira mensagem eu tentei explicar o quão difícil era para mim, você não quis se importar com a minha dor, não quis perder seu tempo mais uma vez com tudo o que eu sinto e me bloqueou antes mesmo de eu poder explicar qualquer coisa.
Eu estou machucada demais, eu sofro demais, tenho forças de menos para lidar com tudo isso e comigo mesma. Eu sei que não adiantaria implorar para me ouvir e ficar do meu lado, me apoiar ou me amparar. Eu sei que não adianta eu implorar, se adiantasse, juro que faria.

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