terça-feira, 28 de agosto de 2012

Lembrei de você, juro que foi sem querer.

Eu prefiro não pensar o motivo de eu sempre voltar, eu sempre volto. Eu não quero entender o motivo do seu cheiro ser tão intenso que invade meus pensamentos nas horas que eu mais quero distância, que eu mais preciso ficar longe.
Você se pega pensando em quem menos imagina, é uma carência que não tem nome, você só sabe da proporção do negócio. É grande.
Chegando em casa a primeira coisa que faz, inconscientemente, é pensar nele. Qual o motivo de não estarem juntos, agora? O que faz com que isso doa tanto, ao ponto de te deixar perturbada?
Qualquer anuncio publicitário, qualquer capa brega de revista, qualquer propaganda em rádio de velho, qualquer coisa faz pensar nele. Talvez seja complô, esses caras de marketing fazem isso para as menininhas serem submissas e românticas ao mesmo tempo, no fundo acaba dando certo.
Comprar bala faz você lembrar dele, aquela bala que ele sabe que você gosta.
Descer do ônibus faz você lembrar dele, aquele ponto que você ficaram parados esperando a chuva passar.
Acender o cigarro faz você lembrar dele, quando ele acendia o cigarro pra você, que cavalheiro.
Passar batom faz você lembrar dele, que raiva dava quando você se entupia de batom pra ele tirar tudo.
Tomar banho faz você lembrar dele, o vidro embaçado que você costuma escrever o nome dele.
Fazer as unhas faz você lembrar dele, a cor que ele pediu para você usar.
Andar na rua faz você lembrar dele, era impressionante o tamanho do seu passo comparado ao meu.
Escrever em um blog que ninguém visita faz você lembrar dele, será que esse ele lê?
Dormir faz você lembrar dele, os 15 minutos que antecedem o sono são os piores.
Chorar faz você lembrar dele, o gosto das lágrimas dele.
Pensar em outro faz você lembrar dele, você quer ele.
Acordar faz você lembrar dele, bater a mão ao lado do corpo e não sentir sua pele é tão terrível quanto os 15 minutos antecedentes do sono.
Beijar outro faz você lembrar dele, não encaixa, sabe?
Ouvir música faz você lembrar dele, até funk lembra, isso é macumba.
Se masturbar faz você lembrar dele, pensar em caras sarados nunca deu muito certo mesmo.
Abrir a geladeira faz você lembrar dele, você inevitavelmente pensa quando abre a geladeira, quando pensa, inevitavelmente é nele.
Ver filmes faz você lembrar dele, na hora do beijo, então. Você chora feito criança.
Aula de literatura faz você lembrar dele, porra, esse semestre podia ser outro gênero.
Cortar a mão faz você lembrar dele, a dor não chega nem aos pés.
Amputar o braço deve fazer você lembrar dele, deve ser uma dor comparavel.

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