quinta-feira, 26 de abril de 2012

Para alegria ou ódio de muitos, voltei a publicar coisinhas no meu blog, coitado, estava tão sozinho. Acho que já devo ter falado isso aqui, mas reforço, o ato de estar apaixonada serve para muitas coisas além do convencional frio na barriga e vontade de outro ser... no meu caso me faz acordar e escrever, seja isso bom ou ruim, além disso, estar apaixonada me faz sentir a música e a literatura, mas sentir de outra forma, sabe... acabo ficando mais sensível, bem mais sensível. No fundo sou uma menininha sentimental, mas preciso sempre de alguém para tirar minha máscara de durona.

***

Me deixa me sentir mais leve, bem mais leve. Tira daqui todo o sentimento de culpa e leva ele para fora, as vezes a angústia demora tanto para passar que eu acho que sofro de angústia crônica, ódio e amor (lê-se os dois juntos) crônicos, sincrônicos. Preciso fazer tanta coisa mas acabo por fazer nada, fico na mesma, sempre. Preciso de algo diferente, coisas mais intensas, tensas. Acabo assim pela culpa, maldita culpa traidora, ela muda minha vida por medo de fazer, arriscar, aceitar. Tem dias que levanto com a sensação de "o que está por vir agora?" e na verdade não acontece nada, a sensação passa de sentimento vivo para sensação térmica, dentro -20°. Sinto raiva de mim mesma, tento mas não consigo ficar um período muito grande sem me foder, sem me arrepender, pior quando me arrependo por nada, ou por tudo... tudo aquilo que não fiz. Minha vida é um livro de romance tipo aqueles idiotas "Bianca, Júlia, Sabrina (...)", mas é dos piores da prateleira, o mais ridículo, o mais sujo e os que as velhas mais gostam, gostam de ver a personagem se foder, sabe? Acho que gostam daquilo por imaginar que talvez exista alguém com a vida pior do que a que elas viveram (vivem?). Deus me livre chegar nos 70 anos e perceber que não fiz nada, estar sozinha, eu, meus livros e meus alunos praticantes de bullying. Porra! Eu não quero isso! Mas se acaso acontecer vou virar uma velha bem louca, publicar loucamente textos sem nexo em um blog que ninguém lê, sair pelos botecos da Muricy e tomar 51, por que viver amargamente a vida toda não da! Perdi a linha do raciocínio já, imagina com 70 anos.


Interlúdio:

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