quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Escrevinhando.

Escrevendo por escrever; escrevendo para afastar o véu negro que teima em cair sobre meus olhos; escrevendo para passar o tempo; para encher páginas com o mais completo nada; escrevendo para causar danos; escrevendo para decorar guardanapos de qualquer boteco fedido; escrevendo para não chorar; escrevendo para curar ânsia; escrevendo para conquistar; escrevendo para fazer jus; escrevendo para praticar; escrevendo para encher linguiça; escrevendo para as horas voarem; escrevendo para te fazer sentir, sorrir; escrevendo para ficar marcado; escrevendo para ninguém ler; escrevendo para ter raiva posteriormente; escrevendo para poder lembrar. Escrevendo aqui, na areia, no banco da praça, no cimento, em cima do telhado, naquele boteco mencionado, no ônibus, na parede, no corpo, na vida.
es-CRÊ-ven-do
Crendo, lutando, tentando me livrar disso tudo que faz minha cabeça pesar. Remando, afogando, cansando. Escrevendo.




E para continuar, resolvi pegar um desses rascunhos que o blogspot faz questão de deixar salvo quando você  sabe que é uma merda sem sentido.

"Ele chegava perto com aquele terrível hálito de bala de goma, tentava beija-la... ela continuava recuando, sempre com medo daquelas mãos que nunca encaixaram nas suas, sempre com medo daqueles braços gigantes que lhe envolvia como brasas em chama. Ela sentia medo dos seus dizeres, pareciam pragas rogadas, palavras sujas, malcriadas."

Eu não sei do que escrevo, para que escrevo e para quem escrevo, só sei que preciso escrever. 

Um comentário:

  1. Escrever, escrever, escrever, vomitar o que tá sentindo, alivia escrevendo, escrever, escrevinhando o que tá pra ser escrevido. Pra quê, por quem, pra quem, por qual motivo?! Pouco importa, se isso que pesa na cabeça alivia quando se for escrever, é o que se deve continuar a fazer, escrever, escrever, escrever, escrev.......

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