quinta-feira, 3 de maio de 2012

O Silêncio

Tem vez que na tua presença eu me calo,
Não porque me faltam palavras,
Não porque me deixas mudo,
Me calo pela auto-suficiência da tua beleza.

Tem vez que na tua presença não sorrio,
Não porque não me sinto alegre,
Não porque não vejo sentido...
Teu sorriso que é lindo, como rosa no jardim de inverno.

As vezes me calo e permaneço assim,
Somente para te admirar,
Somente para te amar calado, esquecendo o mundo,
Do teu amor, me sinto particular e egoísta...

O silêncio me envolve nas veredas do teu amor,
E permaneço imóvel, para que ele não se assuste,
Por isso que me calo... para ganhar mais tempo com ele,
E memorizar todos os passos que me levam a você.

Na tua presença me calo para te amar mais,
Não porque me falta a fala,
Não porque me faltam palavras...
Eu me calo pra te amar mais,
Eu me calo para te sentir mais.

Tu me calas somente com um olhar,
Tu me olhas e eu me deparo extasiado,
Como a uma macieira numa linda tarde de inverno sulista,
Tu me calas somente em dizer que me amas.

Calo-me porque és o suficiente diante de mim,
E não mais ajo, e não mais digo, e não mais tento,
Não mais repito.
Deixo o nosso amor falar por mim!

Se na tua presença me calo,
Esquece a palavra indiferença,
Lembra-te das juras do nosso amor,
Pois nelas, me calo para te admirar, morena flor,
E em ti me calo...
Só para sentir o sabor dos teus beijos.

- Tatiano Maviton.



Interlúdio:

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