Bom, mas não é sobre os contos do meu tio que eu vou falar, porque uma viagem a Morretes possui outras tantas coisas que te deixam de boca aberta.
Como quando a gente chegou em um riacho, com pedras redondas e lisas, como se tivessem sido esculpidas uma a uma. A água era límpida e refrescante, foi lá que eu descobri o meu imenso amor por natureza, mesmo sendo tão urbana. Eu sentei em uma pedra bem grande e coloquei no chapéu da minha prima um punhado de pedras pequenas, fui empilhando elas até formar uma pirâmide, depois, tirando uma a uma e jogando na água para ver elas quicarem. Parece coisa boba, mas se eu morasse em um lugar assim, onde pudesse jogar as pedras ou amontoá-las eu seria uma pessoa melhor talvez. Todo mundo tem uma coisa meio esquisita por dentro e eu também tenho meu direito.
De qualquer jeito, aquela foi uma tarde que me faz até hoje entender o motivo da vida, e pensar em não desistir.
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