sábado, 9 de outubro de 2010

Nas férias da escola, em uma viagem com a minha família, fomos para Morretes, mesmo com a chuva e o perigo da estrada da Graciosa. Logo que saímos de casa a chuva parou e em meio as nuvens podia-se ver alguns leves raios de sol, no meio do caminho, meu tio, contava histórias que eu sempre acreditava, mas hoje, sabendo que era invenção só penso que ele seria um bom escritor de contos ou coisa do tipo.
Bom, mas não é sobre os contos do meu tio que eu vou falar, porque uma viagem a Morretes possui outras tantas coisas que te deixam de boca aberta.
Como quando a gente chegou em um riacho, com pedras redondas e lisas, como se tivessem sido esculpidas uma a uma. A água era límpida e refrescante, foi lá que eu descobri o meu imenso amor por natureza, mesmo sendo tão urbana. Eu sentei em uma pedra bem grande e coloquei no chapéu da minha prima um punhado de pedras pequenas, fui empilhando elas até formar uma pirâmide, depois, tirando uma a uma e jogando na água para ver elas quicarem. Parece coisa boba, mas se eu morasse em um lugar assim, onde pudesse jogar as pedras ou amontoá-las eu seria uma pessoa melhor talvez. Todo mundo tem uma coisa meio esquisita por dentro e eu também tenho meu direito.
De qualquer jeito, aquela foi uma tarde que me faz até hoje entender o motivo da vida, e pensar em não desistir.

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