terça-feira, 26 de janeiro de 2010

...A orquestra tocou alguns compassos de música e o baile
começou. Por entre o conjunto de actores desajeitados,
pobremente vestidos, Sibyl Vane movimentava-se como uma
criatura de um mundo mais requintado.
Ao dançar, movia o corpo como uma planta que oscila na água. A
linha do pescoço era a de um lírio branco. As mãos pareciam de
frio marfim.
No entanto, estava surpreendentemente apática. Não mostrou
qualquer sinal de alegria, quando os seus olhos pousaram em
Romeu. As poucas linhas que tinha de dizer:

Good pilgrim. you do wrong your hand too much,
Which mannerly devotion shows in this,
For saints have hands That pilgrims' hands do tou
And palm to palm is holy palmers kiss.

com o breve diálogo que se Lhe segue, foram ditas de uma
maneira completamente artificial. A voz era delicada, mas o
tom totalmente inadequado. Estava no timbre errado.
Roubava aos versos toda a emoção. Não transmitia veracidade à
paixão...

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