
De repente eu acordei de um
pesadelo duradouro, com uma vontade imensa de também te acordar, pegar a sua
mão e te levar para o nosso jardim. Nós dois, munidos de enxadas, pás,
repelentes, veneno para pragas, roçadeiras, aparadores de grama, todo e qualquer
utensílio para de uma vez por todas limpar nosso jardim. Acontece que antes me
veio na cabeça a ideia de conferir se o estrago dos últimos vendavais havia
sido grande, se havia conserto. Foi quando abri a janela e me dei conta de que
tudo estava perfeitamente em ordem, limpo, replantado, sem nenhuma daquelas
ervas daninhas que ocupavam todos os espaços. Me voltei novamente para a cama e
notei seu sono pesado, cansado e suas mãos ainda sujas de terra.
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