Passaram-se os dias, meses, anos, até que eu cheguei a discordar de mim mesma. Passei a admirar os defeitos e a questionar as qualidades em excesso. Gosto de ver a imperfeição e de ficar irritada com as qualidades que outrora me deixavam boquiaberta.
Acho que eu, na verdade, não sabia o sentido de amar. Talvez ainda nem saiba, talvez isso tudo nem exista, mas mudar o ponto de vista foi uma coisa bem bacana.
Concluí isso tudo em uma tarde quente, tomando coca-cola em um banco, enquanto esperava você chegar, quem sabe essas substâncias químicas que eles usam em produtos, para fazê-los ficar com gosto de noz-de-cola, seja favorável à divagação do que é ou não amar.
Interlúdio:
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