Que meu amor te liberte, apenas isso.

Eu não vejo como um erro deixar o amor me levar para onde ele quer ir. Não achei um erro te pedir para ficar todas as vezes que eu quis que você ficasse. Se para você foi um erro todas essas nossas ultimas noites, eu lamento. Eu não sou um ser humano perfeito e é justamente o que eu não quero ser, se deixei que o amor me levasse é porque escolhi a imperfeição, larguei mão da racionalidade desde que te conheci e talvez isso nunca tenha ficado claro para você.

Eu sempre te quis livre, você nunca entendeu isso mesmo eu repetindo inúmeras vezes. Até hoje eu te quero livre, mesmo percebendo que é você mesmo que se prende. Você se prende a rótulos, a padrões, a estereótipos e principalmente, se prende a você mesmo. Talvez, você não tenha falado sério quando me disse que eu te dei a liberdade.

Você disse que me respeitou até o final, me diz então, qual é o final? O final é uma denominação para o que tivemos? Significa que estamos nos vendo até hoje sem que exista nada entre nós? Não houve nada todas as vezes que fez amor comigo? Não houve nada quando eu fiz a tatuagem? Não houve nada quando eu te encontrei e te abracei apertado? Não há nada? Se entre nós não há nada, me enganei por esses três anos, nunca respeitei seus sentimentos por ser casada com você, respeitei por te amar, por te querer feliz. E isso, achei sempre ser recíproco, afinal, existem coisas que você pode evitar para não magoar quem está ao seu redor e isso não te torna preso.

Hoje eu vejo que o que eu te peço te fere, o amor que eu sinto por você te sufoca, atrapalha seu direito de ir e vir. Eu não quero isso, nunca quis. Você não se sente livre nem estando ao meu lado sem compromissos sociais, apenas com o compromisso de amar e querer bem, não querer judiar.

Talvez eu tenha feito errado quando me pediu para deixar de fazer uma coisa ou outra que te magoava, mas eu juro, faria tudo de novo, mesmo sabendo ser errado. Só para não te ver chorar.